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mindful eating
"comer com atenção plena"

Mindful Eating

O ato de comer com atenção plena (mindful eating) pode significar tanto a qualidade de presença que oferecemos ao alimento no momento da refeição, incluindo os processos mentais, sensações, emoções e pensamentos presentes, quanto nos atentarmos para sua origem e impactos ambientais, sociais, culturais dentre outros.

Quanto ao primeiro aspecto: qualificar nossa forma de se alimentar é uma pequena parte de um todo maior, ou seja, de qualificar nosso estado de presença no mundo, de sair do piloto automático. O termo “mindful eating“ deriva da palavra inglesa “mindfulness”, frequentemente traduzida como “atenção plena”, e seria o estado de consciência que surge quando estamos inteiramente imersos no momento presente.

Quando qualificamos nossa presença no ato de se alimentar (assim como em qualquer outro ato que praticamos no cotidiano), estamos plenamente presentes e atentos ao que está se passando dentro de nós e ao nosso entorno. Envolve prestar atenção na comida, nos sabores e gostos, no aroma, nas cores, texturas, temperatura dos alimentos. Envolve (re)conhecer nossos limites de fome e saciedade, nossos gatilhos, assim como perceber quais fomes estamos atendendo quando comemos (fome física, emocional, fome dos sentidos, da mente, das células...).

O ato de mastigar também é influenciado, pois, comendo com atenção, nós mastigamos mais devagar, nós verdadeiramente saboreamos o alimento.

Imagine-se comendo em um ambiente calmo, tranquilo, sem distrações visuais, barulhos externos. Agora, imagine-se comendo num local agitado, barulhento, com televisão ligada, ou mesmo trocando mensagens no celular. Neste segundo exemplo o alimento concorre com diversos outros estímulos sensoriais e corremos o risco de nem perceber o que ou o quanto comemos. Negamos a nós mesmos os encantos presentes naquele simples ato de comer seja uma fruta, um bolo de chocolate, ou uma refeição completa.

Quando nos damos conta o prato já está vazio...

No ritmo da nossa vida agitada, acabamos muitas vezes não dando à alimentação o tempo e o espaço que ela merece. As pessoas comem dirigindo, andando, lendo, trabalhando, falando no celular... O momento da refeição passa a ser secundário. Tenho reparado muito nesta questão ultimamente. Diversos restaurantes “por quilo” na cidade têm uma televisão ligada, seja com ou sem volume, tanto faz. As pessoas ou estão prestando atenção no programa, que nem é necessariamente do interesse delas, ou estão navegando no celular, trocando mensagens etc... totalmente desconectadas do alimento e do momento. Nossa mente já é naturalmente agitada, distraída e é difícil focar. Como podemos prestar atenção e realmente saborear a comida num ambiente assim?

Esta qualidade de presença ou estado de atenção plena propicia que tenhamos mais consciência de nossas atitudes e responsabilidades, de nossas relações para com o próximo, fortalecendo as conexões já existentes e, muito importante, proporciona um senso de autorreferência.

Somos todos diferentes uns dos outros e cada alimento atua de forma diversa em nossas células, em nosso organismo. Comer com atenção plena nos permite sair do piloto automático e realmente perceber o que faz sentido para nós naquele momento. O que meu corpo precisa? O que eu comi? Isto me fez bem? Como eu me senti após comer o que eu comi? Eu respeitei meus limites de fome e saciedade? Ou melhor, eu sei quais são meus limites? Quais fomes eu levo para o meu prato? Quando eu sei que estou saciada/o? Quais hábitos alimentares da minha infância eu carrego ainda hoje comigo? Quais eu me permito deixar ir? 

A prática da auto-observação nos traz ainda maior consciência e discernimento, buscamos desenvolver um sentimento de autocompaixão, de gratidão, de valorização do alimento, de conexão com a natureza e com os outros ao nosso redor.

Isso é um exercício constante, diário. Podemos treinar!

Sobre esses (e outros) aspectos se trata o Programa de 8 semanas sobre Mindful Eating (Alimentação Consciente para Promoção da Saúde), um curso de autoconhecimento, que tem o alimento e nossa relação com a comida como objetos norteadores de nossa investigação. Se você deseja saber mais, acompanhe nossas redes sociais, sempre postamos informações sobre as turmas em andamento e as próximas datas em que eu, Analu, oferecerei cursos de 8 semanas, assim como encontros e vivências pontuais, workshops, oficinas e palestras.

O segundo aspecto de comer com consciência refere-se ao ato de nos atentarmos para a origem do alimento no sentido de entendermos os diversos aspectos ambientais, sociais e culturais que envolvem a produção daquele alimento ou ingrediente. 

Este é o significado mais profundo do termo "Ecogastronomia". Leia mais aqui.


Comendo uma simples fruta com atenção plena:
​a meditação da maçã


Primeiro: sinal de liberdade. Pura liberdade de morder uma maçã.
 
Fechar os olhos e sentir o cheiro da maçã, o formato da maçã, o gosto da maçã.
 
Nunca parei para comer uma maçã, sempre como fazendo algo, mas nesse dia eu sentei e prestei atenção em cada mordida na maçã que formou uma massa na minha boca porque eu mastiguei bem. Pela primeira vez eu respeitei o que estava comendo (…) . Eu cheguei salivar e muito comendo uma Excelência de maçã. Quando a professora estava falando no ecossistema, eu já estava longe, pensei no agricultor que plantou, pensei nela germinando, eu consegui sorrir. (…)
E porque liberdade? Veio tudo a tona enquanto mordia a maçã.
(…)
Deus, como eu agradecia a cada mordida. Caramba vi até um pomar cheio de maçã, gado pastando. Não que eu tenha entrado em transe. Mas ali eu estava diante de uma maçã. Eu estava respeitando o que comia. A natureza, o universo... entrei em sintonia e equilíbrio com o mundo. Era só eu e aquela fruta maravilhosa.
 
Obrigada maçã. Aprendi a comer devagar: não comer e sim, degustar. Aprendi que temos que sentar para comer nem que for uma banana. Aos 47 anos descobri que nunca é tarde para o conhecimento. Esse dia, professora, foi mágico. Voltei para casa com consciência do que comer.
(…)
Esse dia da aula eu levaria para sempre. Até hoje sinto o gosto suculento e a liberdade que tive de morder a maçã. Obrigada professora Ana Luiza. A sua aula me fez rever e muito a minha alimentação.
​

* ​Depoimento de uma aluna após a prática da meditação da maçã na aula de Ecogastronomia, março 2017
contato@cozinhadeverdade.com
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